Após o impacto de duas bombas atômicas, no ano de 1945, durante a segunda guerra mundial, o Japão experimentou um período de reconstrução, onde um rápido crescimento econômico elevou o padrão de vida da população. Especialmente nas cidades, a produção e o consumo em massa levaram à geração de grandes volumes de resíduos. O país, a princípio, decidiu por tratar seus resíduos enterrando-os em montanhas. No entanto, esse método logo alcançou suas limitações. O lixo produzido por fábricas, construções e pela população passou a ser direcionado, também, para áreas menos povoadas e ilhas remotas. Estas ilhas tornaram-se montanhas de lixo, causadoras de muita poluição. A população japonesa, composta por mais de 127 milhões de pessoas, espremidas em uma área de aproximadamente 377 mil km² (no Brasil, temos 190 milhões de pessoas, porém, espalhadas em um território de oito milhões de km²), enfrentou a necessidade de estabelecer normas e procedimentos para evitar que as suas ilhas se transformassem em locais inabitáveis.
A partir do ano de 1997, o Ministério do Meio Ambiente japonês passou a estabelecer uma série de leis, com o objetivo de estabelecer novos hábitos culturais para a sua população, em relação aos procedimentos necessários para o descarte do lixo. Uma série de leis, integrantes da proposta dos “4Rs” (reduzir, reutilizar, reciclar, repensar), colaborou para fazer do Japão um modelo a ser seguido pelos demais países do mundo, na questão do tratamento e reciclagem de materiais.
Cada prefeitura decide quantas categorias de lixo terá, e são ao menos cinco: de materiais incineráveis, não-incineráveis, garrafas PET, latas de metal e alumínio e vidros.
Na cidade de Yokohama, por exemplo, há dez tipos. Para livrar-se de uma garrafa PET é preciso lavar o interior, amassar e colocar em um saco plástico semitransparente, antes de deixar para a coleta. Rótulo e tampinha vão em um segundo saco, destinado a peças plásticas pequenas.
(imagem: lixo especial fornecido para que donos de animais possam jogar os excrementos dos seus bichinhos.)
Destinar corretamente cada tipo de material significa contribuir de diversas formas na preservação do meio ambiente, evitando o desgaste ecológico e tornando as condições ambientais favoráveis á vida das futuras gerações.